sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Conto.: A Primeira Vez

por Mistery



“Ok, ok, ok, vamos falar de sexo. A primeira vez!!!”
Melissa repousa os dedos sobre o teclado. Primeira vez… ‘Vamos, Mel esforce a mente… pense… A primeira vez.’ Põe a mão sobre o queixo. ‘Aff, só consigo pensar na minha primeira vez!’
- Vai querida, abra as pernas…
- Co… co…como? Já? Eu tenho vergonha.
- Não farei nada que não goste.
- Eu sei… mas …tenho vergonha.
‘ Meu Deus! Que ela vai fazer com essa boca? Arre, que nojo não faço isso nunca! E se ela pedir?’
Melissa sacode a cabeça. Hoje adora fazer sexo oral, mas no inicio, era um “bicho de sete cabeças”. ‘ Isso, falarei como se tratar uma mulher na sua primeira vez’.
Senta-se ereta frente ao computador e começa a digitar, cheia de idéias.
A PRIMEIRA VEZ
A primeira vez é algo muito esperado pelos jovens que cada dia mais cedo começam a atividade sexual. Junto a essa atividade vem toda a insegurança física em relação ao próprio corpo: medo de ser desengonçada, ou mesmo se achar feia, estar fora de forma, ou com uma barriguinha sobrando…
Mas em nosso caso, especificamente, falaremos sobre a primeira vez com uma mulher.
Temos aqui duas situações:
A mulher que perde a virgindade com uma parceira ( a primeira relação sexual) e a mulher que sempre manteve relações sexuais com um homem e se vê atraída por uma mulher.
Vamos começar falando da primeira relação sexual de uma mulher.
A PRIMEIRA VEZ É SEMPRE TRAUMÁTICA!
Melissa lê o que acaba de escrever e balança a cabeça. ‘ Mel, sem colocar experiências pessoais, tsts’ Torce a boca de forma irônica e refaz a escrita.
A primeira vez de uma mulher nem sempre é traumática.
Deve-se lembrar sempre que a mulher, ao iniciar a vida sexual, tende a ficar muito tensa e que isso dificulta a penetração, pois os músculos da vagina ficam contraídos.
Procurar acalmar a parceira, tocá-la carinhosamente sussurrando palavras suaves (nada de sacanagem), mas mostrando seu desejo, aos poucos a deixará mais confiante e tranqüila na entrega. Não adianta querer um furacão sexual nesse momento, nem ter crise de descontrole. Ela precisa de uma parceira consciente do momento e que a conduza no prazer, respeitando os limites que a insegurança da primeira vez impõe.
Busque inicialmente que o primeiro orgasmo dela não seja por penetração e sim clitoriano. Pode parecer estranho, mas só o ato de penetração causa um verdadeiro desespero na mulher virgem, que tende a esquecer o prazer e se focar só na dor (que pensa que irá sentir). Depois do prazer maravilhoso que um belo orgasmo clitoriano lhe proporcionar ela estará bem mais preparada para a penetração.
Gente!! Ela nunca foi penetrada então nada de três dedinhos. Comece com um. Com o tempo…dois, três e por ai vai. E vai… e vai…
‘Melissa! Se concentre, que coisa’. Sacoleja a cabeça e retorna a digitação.
Devemos sempre nos lembrar que a parceira deve estar bem lubrificada na penetração. Na linguagem popular: molhadinha.
Nada de oral. Vou repetir. NADA DE ORAL. Muito menos pedir um oral! Lembrem-se vocês da primeira vez e verão que é algo que tem que ser trabalhado fisicamente e mentalmente. Na primeira vez a mulher se retrai toda e só consegue pensar: ‘como ela pode gostar disso? Será que terei que fazer?’. É uma tortura psicológica na iniciante (se você fez oral na sua primeira vez, parabéns. Você faz parte de uma minoria da população lésbica mundial).
A parceira iniciante se solta sexualmente com o tempo e à medida que vai adquirindo confiança em si e na parceira. Essa confiança é adquirida com a convivência.
Uma relação efêmera e passageira, na maioria das vezes, não deixa boas lembranças.
Por isso, você que pensa iniciar a vida sexual com uma linda mulher, lembre-se: para se ter uma recordação linda e maravilhosa desse momento único e especial em sua vida queira bem à parceira escolhida. Que ela seja alguém especial e única tanto quanto o momento aqui discutido.

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